No Brasil há a NBR 5410, norma que rege as instalações elétricas em território nacional, padronizando ambientes para garantir a segurança e integridade do fornecimento do local, além de facilitar a identificação e manutenção da fiação e demais elementos que fazem parte da distribuição de energia.
O projeto elétrico deve ser dimensionado por um profissional que conheça a norma. Assim, a residência terá interruptores em pontos estratégicos, tomadas na quantidade e lugares corretos (longe de áreas molhadas, por exemplo), e também uma iluminação satisfatória, levando em conta o tamanho e utilidade do cômodo.
A instalação elétrica é efetuada a partir de alguns passos:
Análise da planta baixa: é a partir do estudo da estrutura da casa que poderá ser estipulada a quantidade de tomadas e a carga em cada cômodo, além da luminosidade necessária.
Previsão de cálculos e cargas: é analisando a funcionalidade do cômodo que pode ser dimensionada a carga necessária. Por exemplo, na cozinha são utilizados vários eletrodomésticos, então é fato de que a carga será maior.
Pontos de iluminação e tomadas: é, também, a partir de cada área específica que são organizadas as distribuições de interruptores, lâmpadas e tomadas. É importante que as cargas sejam equilibradas e parecidas, separando os circuitos de tomadas de uso geral (TUG) e tomadas de uso específico (TUE).
Por fim, após analisar esses principais itens é feito o diagrama, no qual são organizados os eletrodutos e condutores que irão fornecer a eletricidade. Segundo a norma, a menor bitola deve ter 1,5mm² para condutores de iluminação e 2,5mm² para condutores em tomadas, devendo ocupar, no máximo, 40% da área do eletroduto.
Além de todo esse processo a ser seguido, existem alguns pontos importantes para se atentar durante a construção e também no cotidiano.
Disjuntores:
Primeiramente, um dos dispositivos mais importante da sua residência é o disjuntor: tem como função proteger a rede elétrica. O ideal é que eles sejam colocados em lugares estratégicos da casa, preferivelmente espalhados pelos setores. Eles são feitos para que “desarmem” sempre que uma sobrecarga esteja ocorrendo, de modo a proteger os demais circuitos e aparelhos.
Por exemplo, se na cozinha estão ligados o forno micro-ondas e mais um eletrodoméstico que demanda muita energia, o disjuntor irá cortar o fornecimento de eletricidade a fim de proteger o sistema de um superaquecimento. Caso o dispositivo esteja desarmando com muita frequência é um sinal de que a rede está sendo comprometida. Por isso, é muito importante não impedir o funcionamento do disjuntor, como utilizar algo para segurá-lo sempre ligado.
Fiação:
Acerca da fiação, a norma padroniza cores para cada função, de modo a garantir a segurança e a fácil identificação.
Condutores neutros com isolação: azul claro;
Condutores de proteção: verde ou verde com amarelo;
Condutores fase: vermelho, preto ou marrom.
Nem todas as instalações respeitam esse padrão, muitas vezes por serem antigas ou irregulares.
Padrão de entrada:
Em um projeto de instalações elétricas o padrão de entrada é o principal acesso de energia na residência, formado por um wattímetro (medidor), disjuntor e caixa padrão. No Brasil existem diversas concessionárias com diferentes regras, mas que se baseiam na ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Para dimensionar corretamente o padrão de entrada, é necessário fazer o levantamento de potência utilizada na residência. A partir dos dados em kW, são consultadas tabelas da concessionária para definir o padrão: monofásico, bifásico ou trifásico.
Cuidados a serem tomados:
Em instalações elétricas é de extrema importância não sobrecarregar disjuntores pois muitas cargas sobre um mesmo disjuntor podem ocasionar um curto-circuito e até incêndio.
Não utilizar disjuntores incompatíveis com os cabos elétricos: é importante atentar-se para que o disjuntor seja compatível com os condutores, e assim ele será acionado quando houver uma sobrecarga.
Instalar o DR: o Diferencial Residual é componente obrigatório para proteger pessoas contra choques ao ter contato com dispositivos.
Realizar o aterramento: é um item de proteção obrigatório, que faz descargas elétricas terem um caminho seguro para percorrer (que está enterrado), protegendo, assim, os equipamentos da residência.
Gatos na rede elétrica:
É realizado através de alterações no medidor de energia, a fim de que o consumidor pague menos do que está realmente utilizando. Além de ser crime previsto pelo artigo 155 do código penal, o “gato” pode ser altamente perigoso, uma vez que o sistema de proteção não é efetivo. A qualidade da energia também é prejudicada, já que um transformador dimensionado para determinado número de casas está sendo sobrecarregado por conexões ilícitas.
Para garantir o bom funcionamento da sua energia e evitar irregularidades, não deixe de contatar a EMJEL para o estudo e manutenção das instalações elétricas de sua casa.
2 respostas
Incrível!
UAU!